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Diagnóstico do Câncer de Mama em fase inicial aumenta a chance de cura em 98% |   Dr. Rodrigo Souto

Para as mulheres, os seios são uma parte especial do corpo. Não só definem sua feminilidade, como são um elemento de ligação com os filhos, ao amamentar, e uma poderosa arma de sedução. Talvez por isso, a mais temida doença entre elas seja o câncer de mama. Ele assusta pela alta incidência, mas, principalmente, pelos efeitos psicológicos que causa. Hoje, no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), é o tipo de carcinoma que mais mata entre as mulheres. Em 2013, o número de mortes em decorrência do câncer de mama foi 14.388, sendo 181 homens e 14.207 mulheres. Para 2015, a estimativa é 57.120 novos casos. Mas nem tudo são más notícias. Os especialistas são unânimes: com o avanço em diagnóstico e tratamento, é possível detectar a enfermidade cada vez mais cedo e curá-la na maior parte dos casos.

 

O câncer é um desenvolvimento anormal das células, que crescem substituindo o tecido saudável e podem invadir outros órgãos ou regiões. Contra o câncer de mama ainda não há forma de se prevenir, mas, sim, de detectá-lo nos estágios iniciais da doença. Quanto mais cedo a doença é descoberta, maiores são as chances de cura.

 

Com o tratamento adequado nas fases iniciais, as pacientes têm índice de cura em torno de 98%, em 10 anos. Já nos tumores mais avançados este índice cai, dependendo de vários outros fatores como idade, tamanho do tumor, presença de linfonodos comprometidos na axila, se o tumor está relacionado ao estrogênio ou não, entre outros fatores. De modo geral, nas mulheres com menos de 35 anos, a sobrevida em 10 anos gira em torno de 62%. Nas mulheres acima de 35 anos, a chance é de 72%.

 

Apesar de não se saber ao certo o que causa o câncer de mama, sabe-se que alguns fatores de risco são determinantes no aparecimento da doença. A existência de casos na família é um dos mais importantes. Mulheres que tem mãe ou irmãs que já apresentaram a doença antes de 50 anos são consideradas parte do grupo de risco e devem manter um acompanhamento constante. O fator genético esta relacionado apenas entre 5% e 10 % dos tumores, os outros 90% são tumores ditos esporádicos. Outros grupos de mulheres também precisam ficar atentos. As que tiveram a menarca muito cedo, por volta de 12 anos; as que tiveram a primeira gestação depois dos 30 anos e as que entraram na menopausa tardiamente, após 50 anos. Sabemos que quanto mais ciclos ovulatórios a mulher tem durante sua vida, ela terá um aumento da incidência do tumor.

 

A idade tem grande influência no desenvolvimento do câncer de mama. Alguns estudos apontam para dois tipos de tumores relacionados à fase da vida: o primeiro tipo ocorre na pré-menopausa e é caracterizado por ser mais agressivo. O segundo, depois da menopausa. O tumor de mama, segundo Souto, é mais comum em mulheres pós menopausa, aumentando a partir dos 50 anos até os 70, quando esta incidência começa a diminuir.

 

Conforme a mulher envelhece, a probabilidade de câncer de mama aumenta, por isso, após os 50 anos, a mamografia anual é fundamental, a alimentação, o tabagismo, o uso de álcool em excesso e a exposição à radiação também estão ligados à maior incidência da enfermidade.

 

Dr. Rodrigo Souto - Mastologista

 

 

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