Recebendo o Diagnóstico

 

Foi o pior momento da minha vida, pois estava no auge da minha forma física e me sentindo muito saudável. Inclusive tinha acabado de correr o que eu considero, a prova mais difícil que já participei, que foi a maratona de Bombinhas em Santa Catarina. Mas um dia, no 1° dia do ano de 2011 para ser mais preciso, uma ida ao banheiro e  tudo mudou, quando olhei para o vaso sanitário e percebi que havia muito sangue dentro. Fiquei apavorado, pois isso nunca havia acontecido antes e resolvi não falar nada, achando que não devia ser nada tão grave, mas aconteceu a 2° vez e então procurei um proctologista, que me deu a indicação de fazer uma colonoscopia. Realmente era um tumor (benigno) no reto, que foi tirado durante o exame que foi muito bem sucedido, feito inclusive por um grande amigo e corredor Dr. Glauco Barbieri, que em seguida me encaminhou para o Dr. Alexandre Coury, para investigar melhor o caso e me dando as melhores referências dele. Estava tudo bem, mas foi pedido uma tomografia computadorizada e é aí que começa toda minha luta,  pois acusou uma lesão no pâncreas sem especificar o que realmente era. Diante disso, Dr. Alexandre pediu uma ressonância magnética que confirmou a lesão. Daí partimos para uma endoscopia com biópsia e foi confirmado um câncer de pâncreas. Eu mal podia acreditar que isso estava acontecendo comigo, eu me cuidava tanto, mas ao mesmo tempo me dei conta que minha família por parte de pai, tinha um vasto histórico de câncer. Agora era minha vez.

 

Apoio Familiar

 

O apoio da família e dos amigos são as coisas mais importante nesses momentos, porque o impacto psicológico é violento, a autoestima vai pro chão e o seu mundo desaba. Mas fui abençoado por ter amigos que me deram tanta força (nunca me senti tão querido) e uma família que lutou junto comigo, principalmente minha irmã e minha mãe que me fizeram enxergar o sentido em lutar contra essa doença.

 

A Oncomed

 

A Oncomed teve uma participação decisiva na minha recuperação, pois fui investigar um problema que eu achava que estava praticamente resolvido e na sequência dos exames, o Dr. Alexandre achou algo muito mais grave que ninguém esperava e pelo que eu soube, se passasse mais algum tempo minhas chances seriam mínimas. E desde já, agradeço muito ao Dr. Alexandre, a quem já considero um grande amigo, pela dedicação dele durante os seis meses de quimioterapia e por ter me colocado nas mãos de um dos melhores (se não o melhor) cirurgião que é o Dr. Célio Eduardo a quem também sou muito grato pelo apoio que me deu antes e depois da cirurgia.

 

Superando o Desafio

 

Superar esse desafio não foi uma tarefa nada fácil, pois eu sabia da gravidade da doença, mas acredito que o esporte principalmente, a corrida e a natação, que são os esportes que eu mais amo me ajudaram muito. Eu tinha uma maratona marcada no Chile quando descobri a doença, cheguei a pensar em desistir mas como num estalo achei que a melhor forma de desafiar essa doença, era correndo essa maratona, nem que fosse a última da minha vida. E apoiado pela minha família e inclusive pelo Dr. Alexandre, eu fui com muita esperança e determinação. Foi a melhor coisa que eu fiz, pois eu consegui completar os 42km, apesar de cruzar a linha de chegada passando muito mal por já estar com o organismo bem comprometido. Mas foi esse desafio que me deu força e coragem para enfrentar a cirurgia, que já estava marcada quando viajei, e depois a quimioterapia. Cheguei a perder 14 kilos durante o tratamento, mas nunca perdi a esperança de voltar a ter uma vida normal e após 3meses e alguns quilinhos a mais, eu corri minha 1° meia maratona e me senti muito bem, foi o dia mais feliz da minha vida, porque ali eu tive a certeza da recuperação.