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Lições de Vida

Ednea Pinho

64 anos

Recebendo o Diagnóstico

 

O primeiro diagnóstico foi em 2002, micro calcificações, menores que uma cabeça de alfinete. Fui indicada ao Dr. Alexandre Coury após a cirurgia com Dr. Rodrigo. Como era mínimo, fiz somente a radioterapia e um tratamento oral durante 5 anos e depois tive alta. Fazia todos os exames periodicamente. Em 2008, tive que mudar de plano e de médicos, até achar um médico de confiança que atendesse pelo meu plano. Fiquei um ano e meio sem fazer exames e confiante que estava tudo correto, já que a tomografia não havia dado nada de errado. Faltava apenas fazer a ultrassonografia, mas confiante com o resultado da tomografia e com muita vontade de fazer uma abdominoplastia pra comemorar meus 60 anos, adiei a ultra para depois da cirurgia. Assim fiz, isso foi em maio,depois comecei sentir umas dores na bacia, achei que era da lipo, nas drenagens a fisioterapeuta achou que tinha alguma coisa errada, mas como eu estava agitando a minha festa de 60 anos, fui deixando passar, até que no fim de julho, senti uma dor muito forte quando duas amigas vieram me abraçar, fui a um ortopedista. Ele me passou uma ultra com urgência que foi feita no mesmo dia e com o resultado, ele me mandou voltar ao cirurgião plástico, que me encaminhou para uma ressonância com urgência. Já havia 5 tumores de mama, que mudavam de tamanho de uma forma muito agressiva. Fui encaminhada ao mesmo mastologista, Dr. Rodrigo, e ele disse que não podia me operar e me encaminhou novamente ao Dr. Alexandre Coury. Logo Dr. Alexandre, percebeu que o problema era bem grande, agilizou na mesma semana a radioterapia, concluiu os exames com a cintilografia. No início pensei que o meu tempo havia acabado, que era só questão de meses, mas Dr. Alexandre meu deu muita esperança e eu confiei nele.

 

Apoio Familiar

 

Uma forma que eu encontrei de desabafar foi com os amigos do Facebook. Desabafar, mas também mostrar que existe vida durante o câncer, continuo fazendo as minhas viagens.

 

A Oncomed

 

Considero a Oncomed um lugar abençoado, um lugar muito zen, uma energia maravilhosa, lá ninguém é doente, todos são batalhadores. Os funcionários, começando com o porteiro, as atendentes de uma educação sem igual. As copeiras sempre insistindo com um lanchinho delicioso. Amo os meus anjos da guarda da enfermagem, eles me dão muita atenção até nos dias que não estou bem. Choro com eles, mas também conto piadas, situações engraçadas. Me sinto em casa, nem vejo a hora passar. Nossas psicólogas sempre nos dando atenção. Eu e toda a minha família, amamos o Dr. Alexandre Coury, o Dr. Victor Marcondes também sempre muito atencioso. Quando ligamos para eles para tirar algumas dúvidas e por acaso cai na caixa postal, logo em seguida eles nos dão o retorno, isso é muito importante para nós pacientes, sem contar que quando estamos com alguma virose  eles mesmos ligam para nossa casa. Não posso esquecer-me da minha secretária querida Angélica, ela já me ajudou em situações terríveis.

 

Superando o Desafio

 

Apesar do neurologista que viu a minha última ressonância, dizer que eu posso desmontar a qualquer momento, eu vou ao baile toda semana com meu marido e danço muito.Também graças a esse meu desabafo, descobri que tem pessoas convivendo com o câncer por mais de 20 anos. Sonho em passar dos 85 anos, mas procuro viver intensamente o dia de hoje. Nos meus depoimentos no Facebook, repasso as minhas vitórias e as minhas frustrações que logo desaparecem após o desabafo, isso pra mostrar que somos seres humanos, que temos o direito de ficar fraco por um período, que não precisamos ser guerreiros o tempo todo, ninguém é, até os que não têm câncer tem direito a fragilidade.

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